A despigmentação provocada pela ausência ou diminuição da melanina leva à característica principal do vitiligo: as manchas na pele.
Embora a doença não ofereça limitações físicas ou cognitivas e também não seja transmitida de uma pessoa para outra, a desinformação e o preconceito contribuem para o estigma associado à condição.
O Dia Mundial do Vitiligo, celebrado neste domingo (25), promove a conscientização sobre o tema, destacando que o entendimento errôneo de que o vitiligo é contagioso contribui para a discriminação dos pacientes.
Entenda o que é o vitiligo
O vitiligo é uma manifestação não contagiosa, autoimune e que pode ser causada por diversos fatores. Embora as causas não sejam totalmente esclarecidas pela comunidade científica, o surgimento pode estar relacionado a uma predisposição genética.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, fatores externos podem contribuir para o aparecimento ou agravamento das manchas que decorrem da perda gradativa da pigmentação devido à formação de linfócitos T que destroem os melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina no organismo.
A dermatologista Renata Janones, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), afirma que o desenvolvimento da doença também pode ser influenciado por fatores genéticos e impactos emocionais.
“Existe uma predisposição genética: cerca de 30 a 40% dos indivíduos com diagnóstico de vitiligo conseguem identificar um histórico familiar. Como qualquer doença autoimune, não sabemos exatamente o fator que a desencadeia. Pode ser uma infecção ou estresse emocional, como a perda de um parente ou mudança de cidade”, explica.
O vitiligo afeta homens e mulheres de qualquer etnia e de todas as idades.
“Os sinais costumam aparecer, em média, aos 24 anos. Dados de prevalência podem se diferenciar de um país para outro. Nos países anglo-saxões, em média, 1% desenvolvem a doença, já no Brasil, 0,5% da população manifesta a condição, enquanto na China esse percentual chega a 0,1% e na Índia a 5%”, afirma o dermatologista Caio Castro, especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.